TEXTOS E ARTIGOS SOBRE TV EXPERIMENTAL E TV LATA
1. DECLARAÇÃO SOBRE O PROJETO TVLATA
Com motivo da Criação de um LABORATÓRIO DE COMUNICAÇÃO na associação cultural BAGUNÇAÇO do bairro ALAGADOS em Salvador da Bahia, DECLARAMOS QUE:
-A televisão experimental se relaciona com a história do desenvolvimento tecnológico e com as invenções relativas às formas televisivas desde suas origens à atualidade.
-A televisão experimental nos permite pesquisar em diversos níveis e entrar em diferentes campos (arte, sociologia, jornalismo, política, educação, tecnologia, etc.), bem como estudar novos formatos e estratégias audiovisuais vinculados à criação artística para aplicá-los aos meios televisivos.
-Além disso, cria conteúdos com seu próprio sistema operativo e recorre à criatividade e à experimentação para desenvolver tanto seus conteúdos como as formas em que se apresentam. Desta maneira, investiga outras linguagens e formatos possíveis, ao mesmo tempo em que examina o futuro da televisão convencional.
-Uma televisão de estrutura experimental deve responder a uma capacidade de transformação permanente e de desenvolvimento contínuo, tanto no aspecto conceitual como tecnológico. Uma estrutura destas características pode produzir e emitir seus conteúdos no entorno televisivo, e sua emissão deve ser oferecida através de canais de radiofreqüência que possam ser recebidos por um aparelho de televisão convencional. A difusão também pode ser realizada por Internet através de um webcast para ser recebida por milhares de computadores.
2. ARTIGO SOBRE O PROJETO TVLATA
CRIATIVIDADE, CULTURA E DESENVOLVIMENTO
Atualmente, os meios de comunicação e a tecnologia, além da arte, do patrimônio e dos costumes, são parte importante da identidade cultural de um mundo globalizado. No Brasil, estamos desenvolvendo um projeto de criação de uma televisão experimental que ofereça aos jovens da associação cultural Bagunçaço de Salvador da Bahia a possibilidade de inventar seu próprio canal de comunicação comunitário com suportes tecnológicos comuns e máxima liberdade na criação de conteúdos.
O projeto, desenvolvido em colaboração com Neokinok TV, é uma plataforma televisiva criada por Daniel Miracle (Barcelona, Espanha) juntamente com Bagunçaço. Em uma área carente de espaços culturais, os jovens recebem apoio escolar, informação sexual e, sobretudo, ensaiam diariamente oito bandas de percussão locais. Já realizaram inclusive dois curtas-metragens de ficção com crianças como protagonistas, onde contam a história e evolução do bairro.
Toda esta atividade cultural afeta diretamente outras esferas da vida do bairro, como a educação, o bem-estar e o crescimento econômico, tornando-se assim agente de mudança e desenvolvimento. Por isso, acreditamos que a cultura não somente contribui para o desenvolvimento das sociedades, mas que tal desenvolvimento não seria possível sem a cultura.
Porém, existe certa inércia em direção à universalização que implica a assimilação cultural ou a exclusão das minorias. Consideramos que, para evitar a assimilação e/ou exclusão dessas identidades culturais, é imprescindível conviver com elas, buscar interlocutores e gerar intercâmbios. E se não é possível fazê-lo através dos meios existentes, devemos criar outros novos, onde as minorias possam desenvolver seu juízo crítico, exigir seus direitos e expressar sua diversidade. Este é, definitivamente, o objetivo final deste projeto.
O simples reconhecimento das diferenças culturais não é suficiente. É indispensável ter uma visão do conjunto e aportar soluções criativas e eficazes que abram às minorias o espaço cultural público, até agora dominado pelas poderosas indústrias culturais, pela homogeneização e pelos tópicos comercializáveis. Somente assim conseguiremos criar um verdadeiro vínculo entre cultura e desenvolvimento.
Boletim cultural mensal C+D da Direção Geral de Relações Culturáis e Cientificas da AECI
Susana Zaragoza
Escritório cultural da Embaixada da Espanha no Brasil
articulo en blog pikatoust.wordpress.com
http://pikatoust.wordpress.com/category/tv/
http://pikatoust.wordpress.com/2007/10/31/tvlata-y-la-educacion-de-los-n...
Publicado por pikatoust
Escuché en RNE el otro día un reportaje sobre una iniciativa en la favela de Alagados, en Salvador de Bahía, Brasil. En esta favela, un grupo de niños que han creado una televisión en la que difundir sus vídeos musicales. A partir de este reportaje surgió el tema para un artículo que tuve que escribir para el Curso de Periodismo Solidario en el que participo.
A continuación el artículo completo:
En el año 2015, treinta millones de niños no estarán escolarizados. Eso nos dice Save The Children en el informe interactivo “La historia del futuro”, en el que además asegura que las ayudas que los países ricos destinan a la educación no llegan a los Estados más frágiles o afectados por conflictos bélicos.
Los niños son las víctimas inocentes de los conflictos, de la pobreza y de la inseguridad en la sociedad. Las familias son a menudo separadas, lo que facilita la explotación de los niños desprotegidos. Las escuelas son atacadas y los niños se ven obligados a luchar como soldados o a trabajar por sueldos ínfimos.
En el informe de UNICEF “¿Nos escucharán?”, con las opiniones de jóvenes en zonas de conflicto, los adolescentes haitianos entrevistados afirman: “No abren nuevas escuelas y las viejas están cerradas. Los padres no tienen dinero para dar educación a sus hijos. Los niños no tienen nada que hacer y se quedan sin la oportunidad de aprender”.
Frente a esta situación tan arraigada, en la actualidad estamos siendo testigos de un movimiento de revelación de esos mismos jóvenes que ya no se limitan a lamentarse, sino que toman la iniciativa en la lucha por recibir una educación.
En este contexto aparecen varios proyectos creados o protagonizados por niños para mejorar su situación en la medida de lo posible.
Un ejemplo de proyecto desarrollado por niños es TvLata, una televisión que nació en la favela de Alagados (Salvador de Bahía, Brasil). Los niños y adolescentes de Alagados crean textos, imágenes, músicas y películas que luego cuelgan en la página web de la asociación. Aún es una televisión experimental, pero su laboratorio de comunicación les sirve para investigar en diversos campos audiovisuales vinculados a la creación artística que luego aplican a sus vídeos, en los que cuentan su propia realidad. La plataforma está sustentada en colaboración con la Agencia Española de Cooperación Internacional, el grupo cultural Bagunçaço y Neokinok, un proyecto artístico también orientado a la televisión.
Otra alternativa es la que gracias a la música logra la integración social y la formación académica de cientos de niños con recursos escasos o nulos. En esta línea está la Asociación Pracatum en Candeal (Salvador de Bahía, Brasil), fundada por Carlinhos Brown. La asociación tiene una escuela de música en la que cuentan sus méritos según lo alcanzado por sus alumnos y, aunque la escuela es pequeña, su ayuda a la población de Candeal es inmensa. Algunos ejemplos de los logros de Pracatum es que de ella han salido 186 alumnos con cursos profesionales en Música, 27 alumnos universitarios y 62 alumnos al mercado laboral.
En esta línea se encuentra también la Sinfónica de la Juventud Venezolana Simón Bolívar, fundada por José Antonio Abreu en Venezuela. La orquesta Simón Bolívar nació como un grupo de once chicos y chicas sacados de las calles y sin recursos económicos y que hoy, tras 20 años de trabajo, cuenta con 250.000 menores repartidos entre unas 150 orquestas por toda Venezuela.
Hay en la actualidad otros proyectos dirigidos a los niños, pero no centrados en su formación, como es el caso de la campaña One laptop per children, iniciada por Nicholas Negroponte, profesor del Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT). Gracias a esta campaña se están fabricando ordenadores portátiles a 100 dólares, con los que facilitar a los niños de países en desarrollo el acceso a Internet y luchar así contra la brecha digital.
Ya dijo Graham Greene que “Siempre hay un momento en la infancia en el que se abre una puerta y deja entrar el futuro”. Pues bien, esa puerta que parecía atrancada para miles de niños de zonas desfavorecidas está desencajándose y dejando ver el camino a seguir, gracias al esfuerzo y ánimo de jóvenes valientes y de quienes saben que los niños son el único futuro garantizado.
Esta entrada fue publicada el
31 Octubre 2007 en 1:27 am y esta archivado en Qué pasa en el mundo, TV. Puede acompañar las respuestas a esta entrada a través de RSS 2.0 feed.
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Criação de um laboratório de comunicação
Criação de um laboratório de comunicação na associação cultural Bagunçaço do bairro La Ribeira em Salvador da Bahia
A televisão experimental se relaciona com a história do desenvolvimento tecnológico e com as invenções relativas às formas televisivas desde suas origens à atualidade. A televisão experimental nos permite pesquisar em diversos níveis e entrar em diferentes campos (arte, sociologia, jornalismo, política, educação, tecnologia, etc.), bem como estudar novos formatos e estratégias audiovisuais vinculados à criação artística para aplicá-los aos meios televisivos.
Além disso, cria conteúdos com seu próprio sistema operativo e recorre à criatividade e à experimentação para desenvolver tanto seus conteúdos como as formas em que se apresentam. Desta maneira, investiga outras linguagens e formatos possíveis, ao mesmo tempo em que examina o futuro da televisão convencional.
Uma televisão de estrutura experimental deve responder a uma capacidade de transformação permanente e de desenvolvimento contínuo, tanto no aspecto conceitual como tecnológico. Uma estrutura destas características pode produzir e emitir seus conteúdos no entorno televisivo, e sua emissão deve ser oferecida através de canais de radiofreqüência que possam ser recebidos por um aparelho de televisão convencional. A difusão também pode ser realizada por Internet através de um webcast para ser recebida por milhares de computadores.
A televisão experimental se baseia na criatividade, na inovação e na experimentação através de atividades multidisciplinares, uso de maquinaria de vídeo, possibilidades de interatividade com a audiência, etc.
Uma das diferenças fundamentais entre uma televisão experimental e uma televisão convencional consiste em que a primeira não forma parte de corporações que têm seus critérios com base em interesses comerciais. A revolução digital supõe uma democratização da tecnologia, com uma espetacular redução dos custos da produção audiovisual. Porém, liberar os instrumentos requer novos espaços de livre expressão: deve-se fortalecer a cidadania cultural. Como fazê-lo? Liberando a parte que lhe corresponde do espaço radioelétrico, que é um bem público equiparável ao ar que respiramos ou à água que bebemos.
A emissão televisiva, tal como a conhecemos, é um ato muito limitado no que se refere à comunicação. O feedback (retroalimentação) é um ato comunicativo que permite que emissor e receptor realizem um intercâmbio: quem pergunta pode acabar respondendo. A televisão experimental que propomos permite inclusive que o espectador realmente reconfigure a programação para emitir uma mensagem que pode ser respondida por outros espectadores mediante uma emissão. Assim, propõe-se um meio de comunicação bidirecional que respeita a opção de expressar as diferentes realidades.
Mediante o uso de metodologias interdisciplinares próprias da experimentação na arte, comunicação e tecnologia, bem como na exploração jurídica, sociológica, educativa, etc., desde NK.TV foram geradas ferramentas de criação e emissão para a população. Pretende-se, deste modo, ter acesso a um intercâmbio de conhecimentos sobre as diversas facetas da comunicação televisiva com espectadores interativos: deve-se compartilhar o saber e encontrar, entre todos, as possibilidades técnicas que permitam difundi-lo.
É incontestável que a cidadania tem coisas a dizer. Mais do que nunca, existe uma demanda de espaço de expressão por parte dos movimentos sociais, das plataformas artísticas e das diferentes entidades comunitárias. Esta demanda translada o debate aos conteúdos e, por extensão, apresenta uma problemática que nos situa de maneira paradoxal entre a interação do mercado e o interesse público no âmbito da cultura e dos meios de comunicação.